quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

OBJETOS DE DESEJO

Adorei matéria do Guia do Estadão explicando que o objeto de desejo da temporada não está nas passarelas do SPFW: os desengonçados óculos para ver filmes em 3D. (Como uma pessoa que pós SPFW foi logo ver “Avatar”, me senti particularmente tocada pela frase!)


(Para ler a matéria, clique na imagem para ampliar!)

E ela combinou com uma matéria que vi no blog da Nylon (sim, sempre ela) questionando se filmes em 3D são realmente melhores.

Em uma palavra: NÃO!

OK, colocando assim parece que eu sou absolutamente contra filmes em 3D, o que não é verdade. Não inteiramente. Consegui aproveitar o teste da “Imax experience” ao ver os primeiros 20 minutos de “Harry Potter e a Ordem da Phoenix” em 3D. Assim como o pessoal da Nylon, gostei de passear pelas nuvens com os bruxos do filme, mas os 20 minutos já foram mais que suficientes. Lá pelo 18°, já estava enjoada, com dor na cabeça e morrendo de sono.

Ver “Os Fantasms de Scrooge” em 3D no Imax foi uma experiência extremamente desconfortável. E conhecer pela Pandora ao lado os Smurfs crescidos de James Cameron foi muito bonito. No começo. Mas quase não deu pra aguentar as 3 HORAS de “Avatar” com aqueles óculos chatinhos (OK, talvez aqui o problema esteja mais com o filme e menos com a tecnologia. Mais sobre isso em um post futuro!).

Em todo caso, pela forma que a bilheteria de “Avatar” continua crescer, pelo jeito estou sozinha nesse desabafo. E 2010 parece ser mesmo O ano 3D.

Só no primeiro semestre, já são seis lançamentos confirmados: “Premonição 4”, “Alice no País das Maravilhas”, “Toy Story 3” (além do relançamento de Toy Story 1 e 2 com a tecnologia 3D) e “Shrek Para Sempre”.

O que nos leva de volta a matéria do Guia, que o Brasil não é um país equipado para esse tipo de tecnologia. Cada sala Cinemark possui apenas uma sala 3D, com exceção do cinema do Eldorado (que tem 2) e apenas uma sala IMAX no Brasil inteiro (no shopping Bourbon). O que significa que apenas um filme em 3D pode ficar em cartaz por vez.

Mais uma vez, com o resultado das bilheterias desse tipo de filme, não vale a pena investir em mais salas 3D?

Para uma reflexão final, a pergunta que a minha prima Tania fez quando terminamos de ver Avatar em 3D: “Se eles têm a tecnologia para criar esse tipo de filme, por que não investem em transformar esses óculos em coisas menos incômodas e que não deixem marquinhas no nosso nariz pós-seção?”

E eu não soube responder essa!

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